AP 01 TCU
Modelos teóricos da administração pública
=> Como os modelos teóricos explicam o funcionamento da
maquina estatal?
=> Na relação do estado vemos o governo, um corpo com
decisões politicas que vão direcionar o funcionamento do estado durante um tempo.
=> essas decisões precisam virar ações e para isso
dependem de uma estrutura administrativa isso é adm pública.
=> podem se estruturar de acordo com vários modelos:
- Patrimonialismo
- Burocracia
- Gerencialismo
=> esses modelos surgiram pela evolução das relações
entre a sociedade e o estado.
Administração Pública é todo o aparelho do Estado
pré-orientado à realização de seus serviços, visando à satisfação das
necessidades coletivas.
(Plano diretor da reforma do aparelho do Estado de 1995)
=> a noção de legitimidade de um governo e da própria
administração publica, se baseia no fato de que a sociedade entrega os recursos
financeiros, o governo não produz nada tira tudo da população para "devolver"
em bens e serviços.
=> A legitimidade vem da expectativa
=> Características centrais dos modelos teóricos:
- Patrimonialismo: a monarquia absolutista não separava os
bens públicos dos bens pessoais da nobreza, "o estado sou eu". O
governo toma todas as decisões usando seu poder absolutista. Legitimidade pela
segurança da unidade nacional. O que é do estado é do governante. Sec 18
- Burocrático: começa a ter a distinção entre o público x
privado. Organização profissional de gestão pública. Focada no ideal de evitar
desperdícios e abusos. Se preocupa mais com os meios do que com os fins.
Governo Liberal (com a conquista dos direitos civis) e liberal democrático (com
a conquista dos direitos políticos). Sec 19 (2ª metade)
- Gerencial: gestão por resultados por meio de técnicas
gerenciais. Cada modelo tenta corrigir problemas dos modelos anteriores.
Governo democrático social (com a conquista dos direitos sociais), crescimento
do estado, aumento dos servidores e complexidade estatal. Sec 20 (2ª metade)
=> os modelos representam a evolução do papel do estado
na sociedade.
Características centrais do Patrimonialismo
O patrimonialismo significa a incapacidade ou a relutância
do poder absolutista em distinguir entre o patrimônio público e os seus bens
privados, o que pode permitir a proliferação de nepotismo e de corrupção.
(=> referencia:
Bresser Pereira)
=> Toda vez que vemos o uso de recursos públicos para
atender a interesses privados vemos um exemplo do patrimonialismo que
sobreviveu até hj.
=>Historicamente, este tipo de administração corresponde
ao Estado Absolutista, que prevaleceu até o sec XVIII
=> O aparelho do
Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares
possuem status de nobreza real.
=> Os cargos são considerados prebendas (presente do
governante, renda sem precisar dar retorno).
=> A res publica não é diferenciada das res principis
=> A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de
administração.
=> O cidadão não tem direitos. Tudo que ele tem é um
favor do monarca. Relação de paternalismo e subserviência.
Causas que levaram à formação da adm pub burocrática:
1. Processo de racionalização capitalista
As organizações complexas, privadas e públicas, devem
profissionalizar sua gestão, padronizar os métodos administrativos e buscar
maior eficácia em suas ações, em termos de estrutura hierárquica e qualificação
dos funcionários.
2. Expansão do papel do Estado
No início: exercito regular e tributação eficiente.
Expansão: Direitos de propriedade, proteção legal,
atividades regulatórias e investimento em infraestrutura.
3. Democracia e políticas publicas para garantir direitos
sociais
Ampliação do sufrágio, levando a políticas sociais, que
demandavam uma burocracia profissional.
A democracia e ampliação dos direitos tornou mais
igualitário o acesso aos cargos públicos.
Porém, em muitos casos, houve a criação de outra lealdade
patrimonial, a clientelista, cujo objetivo era retribuir com cargos públicos
aos apoios recebidos.
Isso ocorreu nos EUA, Inglaterra e Brasil.
=> De acordo com o pensamento de Max Weber, o patrimonialismo
normal inibe a economia racional não apenas por sua política financeira (o
monarca pode gastar dinheiro a vontade), mas, também por peculiaridades de sua
administração, entre as quais se pode citar a ausência típica de um quadro de
funcionários com qualificação profissional formal.
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