sábado, 18 de junho de 2022

Mateus 24

Mateus 24.

Discurso e predição da queda de Jerusalém e o fim do mundo.

Os discípulos fazem referência ao Templo de Herodes em Jerusalém. 

Jesus então profetiza a destruição do Templo

Qual a pergunta dos discípulos.?

Diz-nos...

1.     Quando sucederam essas coisas

2.     Quais os sinais da Tua vinda

3.     e da consumação do século.

O discurso é a resposta a essa inquietação. 

 

Na literatura escatológica esse discurso  é chamado de o apocalipse sinótico. Por que foi preservado pelos 3 evangelistas sinóticos. Depois Ler Mateus 24, Lucas 13 e Marcos 21.

Jesus usa o gênero literário da profecia apocalíptica.

Também conhecido como apocalipse sinótico, pequeno apocalipse, sermão escatológico.

Existe muita literatura sobre esse discurso, que não seria possível estudar em um só momento. Por isso, o nosso objetivo aqui é estudar apenas como Jesus organizou a estrutura desse sermão. 

Os adventistas segue a metodologia historicista de interpretação profética e por isso têm uma forma peculiar de interpretação desse discurso em relação aos teólogos preteristas e futuristas (dispensacionalistas). 

Ateus, agnósticos, críticos e cristão de maneira geral têm chamado a atenção para uma porção vista como problemática do sermão: 

Mateus 24:30-34.

Aparentemente Jesus estaria dizendo que seu segundo advento naquela Geração.

Os críticos dizem que essa profecia falhou em seu cumprimento. 

Porque Jesus falou isso ?

Jesus estava realmente dizendo que o advento "Parousia" Seria naquela geração ou foi  a má interpretação dos críticos que chegaram a essa conclusão? 

A última noite do mundo CS Lewis considera embaraçoso esse texto.

Alguns intérpretes e estudiosos tentam resignificar a expressão "esta geração" alguns acham que se referem a raça da nação judaica. Então Jesus estaria dizendo que a nação judaica não deixaria de existir enquanto tudo isso não se cumprisse.

Pensadores adventistas procuram aplicar o termo geração para as pessoas que estariam vivas quando os sinais no sol, na lua e nas estrelas começassem a se cumprir.

É importante verificar se é possível e razoável redefinir a palavra geração.

A palavra grega "Ginea" foi usada por Mateus em outras partes do seu livro. A leitura atenta dessas passagens dentro do livro de Mateus possui um único significado. Todas as vezes tem o sentido literal. 

Ver as ocorrências: Mt 1.17; 11.16; 12.39, 41, 42, 45; 16.4; 17.17; 23.36; 24.34 ( o texto que esta sendo estudado)

De fato Jesus estava falando de sua geração de seus dias.

Essa estratégia de resignificar não tem apoio exegético.

Então como podemos entender essa passagem, aquele povo veria a volta de Cristo e isso não se cumpriu?

 Um ponto importante é que quando Jesus usa os adjetivos de geração má ou cruel, Ele estava ecoando Dt 1:34, 35: a geração pereceria no deserto, não entrariam em Canaã.

Jesus estava comparando a geração de seus contemporâneos com a geração que saiu do Egito e não entrou em Canaã. 

Vamos ver 2 contexto que ajudam a entender o discurso do mestre.

Jesus vem falando do templo desde o capitulo 21 quando ele sai do templo. Quando ele chega no capitulo 23 ele descreve uma serie de imprecações sobre os lideres de sua época

No capítulo 23 no final Jesus diz assim

 "em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre a presente geração ". que coisas?

Os ais e imprecações que ele falou contra Jerusalém representados por seus lideres.

Depois vem o lamento Jerusalém, Jerusalém quantas vezes te quis reunir.... Ele conclui esse lamento dizendo “eis que vossa casa ficará deserta”, no capitulo 21 após expulsar os vendedores do templo ele diz não façam da casa de meu pai coviu de salteadores. Agora depois de profetizar a destruição de Jerusalém ele se refere ao templo como vossa casa.

O que podemos entender do capitulo 23? Que Jesus está declarando oráculos de maldições sobre a Geração de seus dias.

Gravar a expressão "TODAS ESTAS COISAS."

"Talta (estas) Panta (todas)": Sempre se refere a situação de Jerusalém e o templo.

Segundo contexto: Mateus 24:1-2.

O templo estava a partir de agora desprovido da presença da 2ª pessoa da divindade.

Os discípulos chamam a atenção de Jesus para a gloriosa estrutura do templo, motivo de viagem de muitas pessoas para conhecer essa estrutura.

Jesus diz assim: não vedes talta panta (todas essas coisas), que coisas? as coisas referentes a Jerusalém, seus lideres e o templo.

Não ficará pedra sobre pedra.

Jesus afirma que tudo isso ou todas essas coisas vão ser destruídos.

Mateus 24:3. Vamos entender a pergunta dos discípulos: O que eles queriam saber ?

Dize-nos quando sucederam talta panta (estas coisas), que sinal da parosia (a segunda vinda) e da siteleias tous aionus (consumação do século)

Esses termos são vitais para a interpretação de todo o discurso. Infelizmente passou despercebido nas traduções.

O sinal= SEMEON.

Podemos unir a parosia com a sinteleias pq a vinda de Cristo representa a consumação dos séculos, o fim da era presente e o inicio da era vindoura.

Interessante que sinteleias é usado em Mt e Hb, em Mt sempre tem o sentido da consumação da era presente, o que coincide com a volta de cristo. As passagens em que aparece são: Mt 13.39,40,49, quando se trata da parábola do joio e do trigo e em MT 28.20, estarei convosco ate sinteleia tous aionus, consumação da era presente.

É preciso entender a pergunta dos discípulos:

1.     talta

2.     semeion da parosia e da sinteleias  

Os discípulos imaginavam que isso era um único evento pq Para os judeus a cidade de Jerusalém estaria até a consumação dos séculos, quando Jeová viria julgar os perversos.

Mas Jesus faz uma distinção dos elementos. 

Como Jesus organiza os eventos:

Do verso 4 até ao final do verso 20.

Jesus responde o TALTA.

ESTAS COISAS REFERENTES A JERUSALÉM E AO TEMPLO DE HERODES.

A EXPLICAÇÃO PRIMÁRIA É ESSA. Em um sentido secundário tem outros sentidos, na profecia clássica tem duas aplicações, um cumprimento contemporâneo ao profeta e tem uma aplicação mais ampla escatológica.

A segunda e a terceira parte vai 21-31, dos eventos que precedem a parousia e a sinteleias.

De 32-35, Jesus volta a tratar sobre a queda de Jerusalem, de forma mais direta e definitiva.

De 36-44, volta a tratar sobre a queda do mundo, parosia e sinteleias.

Analisar cada parte (53:13)

4-20 referencia primaria ao templo de Jerusalem. Os eruditos veem uma divisão nesse bloco:

Versos 4-14: Eventos que precedem a queda de Jerusalém e do templo no ano 70 pelos romanos. Jesus profetiza isso no ano 31. Aqui se fala de falsos cristos que viriam antes da destruição do templo, esses eventos guerras, fomes, pestes e falsos cristos são apenas o principio das dores, não é o fim (telos para o fim de Jerusalém) ainda e não sinteleias (consumação do século). Tudo isso (panta talta) é o principio das dores. Em toda essa seção não aparece nem parousia nem sinteleias. Embora secundariamente se aplique a escatologia, primariamente não era a preocupação do mestre. Ele falava da destruição do ano 70. Flavio Josefo  aponta uma serie de messias autoproclamavam que se levantavam em revoltas. Roma trava muitas guerras de expansão nesse período. Ocorrem muitos terremotos seguindo esse discurso: Creta 46, 51 roma, 60 frigia, 63 capanha, 60 laodicia, Pompeia 63, Jerusalém 64 danificou parte do templo, Roma 68. Essas coisas não são o fim (que fim é esse que aparece aqui? Seria telos?), são apenas o principio das dores.  Verso 9: então (tote= não é então no sentido temporal, segundo Donald Carson: nota explicativa no comentário de Mateus, palavra evasiva que aparece nos seguintes verso de Mt 24: 9,10,14,16,21,23,30,40; traduzida por então no verso 9 ou por nesse tempo, no verso 10, certamente não tem sentido sequencial entre os versos 8 e 9)

Tote é muito comum no livro de Mt, só as vezes tem força temporal servindo com muita frequência como um conectivo indefinido. (1:06:30) Usa-se tote para incluir um novo item de uma lista. 

v9: primeira vez que aparece tribulação do grego triplice.

v10: nesse tempo, é tote, o tradutor usa aqui uma expressão  que da ideia temporal. é possível notar que não é uma palavra simples de ser traduzida, pq de um verso para o outro o tradutor usa duas palavras diferentes. Mas, aqui não  deveria ter sentido temporal. tempo precedente a destruição  de Jerusalém .

v13 fim é telos e não sinteleia

v. 14: tote, virá o telos: isso ocorreria antes da destruição de Jerusalém. O  sentido primário não é a consumação dos séculos, isso apenas em um sentido secundário, a profecia clássica tinha um sentido primário local e imediato, no caso a queda de Jerusalém, e um sentido secundário escatológico.

O evangelho foi pregado a todo mundo antes da queda de Jerusalém: Cl 1.23, escrita antes da queda de Jerusalém, boa parte das cartas foi produzida antes dos evangelhos, Paulo escreve entre 40 e 50 dC. 

Aqui termina a 1a subdivisão do bloco A  

 

Versos 15- 20: Eventos da própria queda de Jerusalém. 

Devido os marcadores linguísticos que definem o significado. Por isso é importante o estudo da língua grega da Bíblia.

 Aqui começa a 2a divisão do bloco A que ainda trata de Jerusalém e o templo.

v15: dn 9. fala do abominavel da desolação, abominação desoladora, ataque dos romanos a Jerusalém, a revolta judaica eclodiu em 66 alcançou o ponto máximo em 70 com a destruição do templo e a diáspora.

v16: então, tote. Quando a abominação chegasse ao lugar santo, ou seja, os romanos chegassem em Jerusalém. Os discípulos atenderam ao pedido de Cristo e quando os romanos vieram a Jerusalém eles fugiram e fundaram a cidade de Pela, 1a cidade Cristã fundada na época da revolta judaica.

v17: o telhado das casas era plano, as famílias se reuniam no teto. quem estivesse no teto não entrasse em casa.

Tudo dito até o v20 se aplica a Jerusalém e ao templo de Herodes. Muitos leem esse texto pensando na escatologia, mas, esse não é o sentido primário. 

v19: Para fugir dos exércitos romanos muitas mães precisaram deixar seus filhos que amamentavam. Detalhes históricos leia Flavio Josefo. A fome que prevaleceu na cidade por vários dias antes da cidade ser capturada.

Chamar a atenção para "todas essas coisas", talta (essas coisas) panta (todas) essa expressão é um importante marcador terminológico para falar da queda de Jerusalém. 

1:20:29

Elemento novo, pq ele ta falando do final do telos. naqueles dias: os dias de Jerusalém em ataque de roma, en ekeinas (pronome adjetivo ) tas (artigo definido) remeras (dias), essa construção usada por Mateus é atípica, o pronome demonstrativo está precedendo o substantivo o que não é comum na gramática grega, o comum é primeiro o substantivo e depois o pronome demonstrativo. Aqui ele usa primeiro o demonstrativo e depois o substantivo. Isso para distinguir de outra expressão que ele vai usar mais adiante em que ele modifica a ordem das palavras, isso é feito para indicar uma ideia diferente.

Na exegese analisamos palavra por palavra na língua original para entender o significado do texto, o autor não usa as palavras aleatoriamente, as coisas foram selecionadas para comunicar ao leitor significados. Quando ele fala da queda de Jerusalém, durante o cerco dos romanos, a expressão que ele usa é "naqueles dias", ekeinas tas remeras, uma ordem parecida com a ordem portuguesa, atípico no grego. 

O bloco conclui no v 20

Os anti sabatistas falam que Jesus falou isso não por causa da santidade do dia, mas, pq no sábado  os discípulos  teriam dificuldade de sair de Jerusalém pq os portões  da cidade estariam fechados no sábado. Mas, é importante lembrar que no sábado  os judeus lutavam na guerra. 

No livro dos Macabeus teve um debate sobre isso, no período da politica helenizante de Antioco IV Epifanio, muitos judeus estavam sendo atacados no sábado e sendo mortos, isso levou a conclusão de que eles deveriam lutar no sábado  se não eles deixariam de existir. Os inimigos estavam usando de ataques no sábado   pq pensavam que os judeus não iam reagir. Não havia esse problema, era normal os portões serem fechados no sábado, mas, não em períodos de guerras. A explicação dos antisabatistas não possui confirmação histórica.

Aqui termina o 1o bloco com 2 subdivisões : referente aos eventos que precedem a queda de Jerusalém e a própria queda.

A partir do v21-31 entramos no bloco B. Encontramos a mesma organização, a referencia aqui é a parosia e a sinteleia e pode ser dividida em 2 partes tbm:

v21-28 trata dos eventos que precedem o 2o advento. 

no v 21 tem um ponto de discórdia entre o pensamento adventista e dos demais protestantes. a forma como ficou traduzido com o uso da expressão "nesse tempo" leva a achar que esse verso ainda trata da queda de Jerusalém no ano 70. Aqui precisamos fazer uma exegese detalhada dos termos usados pelos escritos bíblicos.

Embora na tradução apareça "nesse tempo haverá uma grande tribulação", Mateus não usou essa expressão na língua grega. O que aparece aqui é estai ha tote, tote não tem necessariamente significado sequencial temporal, uma tradução mais literal aqui seria: "Haverá, então, uma grande tribulação", em que o tote serve para introduzir um novo item. 

Considerar isso é importante pq para a escatologia adventista essa grande tribulação aqui mencionada não tem nada a ver com o 1o século da era cristã, não se refere a queda de Jerusalém. Essa grande tribulação se refere a supremacia papel da idade media começando em 538 até a queda do papado na revolução francesa em 1798, 1260 dias simbólicos, anos literais.

A interpretação adventista foi criada com base na língua  original do texto e a leitura do texto em sua língua original permite a interpretação adventista. 

Por que essa é a tribulação da idade média e não a tribulação final de Dn 12.1, Ap 7?

1. Não é a mesma tribulação de AP 7 pq a expressão grega é diferente, triplices megale, enquanto em AP 7 a expressão é precedida por um artigo definido em Mt24 não, traduzida literalmente seria uma grande tribulação, diferente de ser a grande tribulação. Uma tribulação ocorre por 1260 anos, cristãos sofreram duras perseguições como os valdenses que n aceitaram os dogmas papais. Esses dias seriam abreviados. 

2. Quando ele vai falar da queda de Jerusalém ele usa a expressão naqueles dias de uma forma diferente en ekeinas tas remeras. Quando se esta falando da grande tribulação, no bloco B do discurso, falando dos eventos que precedem o 2o advento ele não usa a mesma expressão, agora é dito hai remerai eikeina, o pronome desmonstrativo sucede e não precede o termo a que se refere. Isso é um marcador discurso para não confundir os eventos. No v 22 ele faz isso 2 vezes para marcar a distinção, esses dias se refere a grande tribulação que precede a volta de Cristo, a parousia. Portanto, há base exegética na língua original para concluir que tratam de período diferentes, não trata da queda de Jerusalém, está mais conectado com a parousia. Os tradutores fizeram o melhor que poderiam, mas, não podemos confiar nela.  Dedicaram muitos anos da vida para que hoje nós tivéssemos a Bíblia em nosso próprio idioma.

Ver lucas 21.20-24: lança luz sobre o texto de Mt 24. Lucas vai direto ao ponto fala direto do império romano. Ai das que estiverem gravidas naqueles dias, em ekeinas tas remeras, igual ao que aparece em Mt, demonstrativo anteposto ao substantivo.

Grande aflição sobre esse povo e serão levados cativos a todas as nações: referindo-se a diáspora romana, a expulsão dos judeus de Jerusalém no ano 70 e de forma mais completa na revolta de Barcoqueba em 135 dC, quando o imperador Adriano destruiu completamente a cidade  e construiu um templo a Zeus no lugar do templo de Jerusalém.

Para fazer a transição entre os dois tópicos: destruição de Jerusalém e a tribulação da idade média, Lucas  fala sobre as nações pisarem os judeus até se cumprirem os tempos dos gentios (tem muito debate sobre essas expressões) Lucas está fazendo a transição. Quando Lucas  usa a expressão e será pisada Lucas usa o termo que aparece na LXX de Dn 8 e quando fala de tempos do gentios ele pega a expressão de Dn 7, uma referencia a um tempo, tempos e metade de um tempo em que o chifre pequeno oprime os santos, em ap 11.2 João diz que Jerusalém será pisada pelos gentios por 42 meses o mesmo período de Daniel 7. Aqui Jerusalém é um símbolo do povo de Deus e não a cidade literal. Em ap 11.2 joão usa Jerusalém como referencia ao ppovo de Deus na terra, representado como o novo israel de Deus, pq essa referencia é muito posterior a queda de Jerusalém.

No mesmo lugar do discurso em que Lucas trata sobre Jerusalém ser pisada Mateus trata sobre a tribulação que viria de modo que os tempos seriam abreviados se não ninguém seria salvo. Jesus usa Dn como fundo literário.

V23-28 de Mt 24:

Falsos cristos no segundo advento, diferente dos falsos messias tratados na primeira parte do bloco. Isso ocorreria ate o fim da era.

Se vos disserem ele está no deserto: aqui ele começa a falar de sua volta. Não se deveria dar crédito a esse discurso pq a volta de Cristo não será localizada, onde apenas uma parcela do povo o verá, quando ele virá será universalmente visível.

Assim como o relâmpago será a parosia. A ênfase não é na velocidade do relâmpago, mas, sim a sua visibilidade plena, o texto fala "se mostra até o ocidente". Quando Cristo voltar ele despontará no oriente cósmico e se mostrará até o outro lado. Não rápida como o relâmpago, mas visível como o relâmpago. Quando ele voltar todas as pessoas do oriente até o ocidente o verão.

Onde estiver o cadáver: quando se vê uma reunião de abutres já se presume a existência do cadáver, assim, quando cristo voltar todas as atenções se voltaram para ele.

Alguns entendem essa passagem como indicando que quando cristo voltar os ímpios serão mortos e seus corpos servirão de pasto para as aves de rapina, abutres, referência a EZ39, AP19.

A partir do verso 29 vem a 2ª subdivisão do bloco B, a 1ª subdivisão trata sobre de eventos prévios a 2ª vinda, agora é sobre a própria vinda. A tribulação aqui daqueles dias é usada a expressão ton remeras ekeinon, o demonstrativo sucede o substantivo. Aqui nesse bloco ele usa os marcados que se referem a parosia e a sinteleais diferente do 1º bloco  que terminou no v20, em que so se usam marcadores que tratam sobre a queda de Jerusalém, talta e telos em vez de sinteleias.

Haverá uma tribulação naqueles dias, não dura o período todo. Depois ele aponta os sinais no sol na lua e nas estrelas, eventos após a tribulação e não após o período de supremacia papal. A tribulação termina em cerca de 1750, já não havia mais perseguição organizada na Europa de católicos contra os protestantes. Desde a reforma protestante no séc 16 a autoridade da igreja católica já tinha sido fortemente abalada e as perseguições já estavam reduzindo e se tornando eventos locais.

Nesse período do escurecimento do sol em 1780 teoricos pré-iluministas já dirigiam severas criticas ao catolicismo e não haviam mais perseguição.

Depois desse período de tribulação mesmo ainda naqueles dias de hegemonia ainda que enfraquecida, o sol não brilhará, a lua.. acontecimentos estão tendo lugar, são eventos históricos, ocorridos no séc. 19 que marcaram tbm o surgimento do adventismo.

Então, verá no ceu o sinal do filho do homem, aqui Jesus responde sobre o sinal de sua vinda. Não devemos nos basear em sinais para nos prepararmos para o evento, pq o sinal é a própria vinda.

Ao falar sobre a sua vinda Jesus cita Dn 7 quando o filho que vem nas nuvens ao ancião de dias, usa a expressão apenas, pq lá se refere ao juízo investigativo enquanto aqui é sobre a 2ª vinda e mistura com Zc 12 que fala sobre as tribos de Israel se lamentando e se arrependendo quando virem aquele a quem transpassaram, embora aqui ele aplica em um sentido diferente, pq aqui são todas as tribos da terra e não de Israel, pq a parousia é universal, lamentar não de arrependimento, lamento pela tragédia que cai sobre os ímpios, ele vem no ceu com poder e grande glória.

Alguns teólogos preteristas aplicam isso a uma descrição simbólica da visitação na queda de Jerusalém mas isso viola a estrutura do discurso de Cristo que procura responder a pergunta dupla dos discípulos sobre a queda de Jerusalém  e sobre a parosia, esses teólogos tratam tudo como se fosse a queda de Jerusalém, o texto claramente aponta elementos universais para se tratar apenas de Jerusalém.

Ele enviará os seus anjos: muito semelhante o que ele falou ao explicar a parábola do joio e do trigo, os anjos são os ceifeiros na consumação dos séculos.

Paulo tbm cita sobre a ultima trombeta que soará por ocasião da parosia e os escolhidos serão reunidos dos 4 ventos dos céus.

Aqui termina o 2º bloco sobre a queda do mundo. [1h55min25]

 

 

 

v29-31 os eventos do próprio evento. 

 

 

 

 

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