Transporte público sempre foi em todos os lugares um grande problema, as pessoas precisam se locomover entre as diferentes localidades, quanto mais pessoas mais recursos são necessários. Para prover esse serviço temos diferentes opções, uma delas é ter um ente neutro que não busque o próprio interesse, esse ente planeja a como prestar o serviço e quem pode prestar.
Uma outra forma é deixar que agentes livres da sociedade criem estratégias várias que estarão em competição com as outras soluções da sociedade em busca por atender mais clientes, deixando ao cargo destes a seleção dos melhores modelos de negócio com base em sua avaliação subjetivo de satisfação.
O primeiro modelo possui alguns problemas. Primeiro, não existe na sociedade um ente neutro que não busque os próprios interesses. Os governos não são assim, organizações humanas tendem a refletir os nossos valores e nós não somos neutro em relação a busca de nossos próprios interesses, especialmente quando nos referimentos às instituições impostas à sociedade independente do consentimento de cada indivíduo. Esse é uma grande fonte de contaminação das demais tarefas, se o governo não é neutro, então, quem vai prestar um serviço público é aquela entidade que melhor favorece aos interesses do mandatário que a autoriza e assim por diante.
Um terceiro motivo é que com a unificação das opções de transporte não há espaço para inovação entendida como adoção de métodos novo #tecnologia s já conhecidos mas nunca antes aplicados nessa atividade ou no desenvolvimento de novos métodos, congelando o serviço que poderia e deveria evoluir refletindo o estado atual do conhecimento humano.
Por outro lado, quando a sociedade é livre para inovar, sem a necessidade de adotar planos centralizados, mas, em vez disso pode adotar os métodos que julga serem melhores para alcançar o seu objetivo e ao mesmo tempo é livre para contratar a solução que entende mais adequada para si, cria-se na sociedade uma rede de debates silenciosos, em que várias opções de um serviço são oferecidas em diferentes preços submetendo-os aos clientes que podem preferir uma opção em detrimento de outra ou adotar diferentes opções de acordo com cada contexto em que é colocada, de forma a usufruir o melhor de cada opção.
Examinando as duas formas de tratar essa questão, podemos facilmente perceber que a proibição da inovação tanto de métodos quanto de ideias sempre reduz o bem estar social por impedir que os problemas da sociedade sejam tratados por diferentes caminhos que possam se mostrar comparativamente à população, lhe permitindo tomar decisões pela observação dos resultados de cada opção. Dessa forma, a verdade sempre estará mais próxima de onde o debate é mais frequente, o que cria um ambiente mais propício para o surgimento de novas ideias, soluções e métodos de resolver os problemas que inquietam as pessoas. Nunca podemos esquecer que "ideias e apenas ideias podem iluminar a escuridão".
Fabiano de Carvalho, PhD.
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